A integração entre as redes sociais é tão grande e vital para a continuidade dos negócios que o mundo parece um só.
Você dá check-in no Foursquare, tira uma foto e ela vai parar no Twitter e Facebook instantaneamente e você nem se dá conta de que acabou de atualizar 3 redes ou mais ao mesmo tempo.
Isso causa uma confusão enorme nos usuários menos afoitos. Daí que vemos conceitos como: ”O Instagram é um aplicativo de tratamento de fotos do Facebook” (com a aquisição agora, creio que essa será a intenção, mas…). Ou, “o Forsquare é que nem o Twitter, a gente fala onde está”.
É preciso entender que apesar da integração entre essas redes diferentes, elas existem independentes do Facebook ou Twitter e tem suas próprias características.
O usuário comum nem sempre acaba usando todas as funcionalidades e especificidades da rede por desconhecer exatamente qual é a identidade dessa rede. Creio que o número de pessoas que usa o Foursquare em busca de descontos deva ser bem menor que o de pessoas apenas fazendo check-in no aplicativo em seus smartphones.
Outro aspecto dessa integração confusa é que imediatamente após se cadastrar ou entrar em uma delas, você vê todos seus amigos em uma lista para serem seguidos e ou seguir adicionar ou clicar. A sensação para o usuário menos atento é de ”Ué, eu já adicionei o fulano no facebook”. Mas eu já sigo ela no Twitter.
No fundo eu acho isso o máximo e entendo como um fenômeno comum na internet. É a acomodação dos conceitos. Não é preciso investir em grandes campanhas de diferenciação. Todas estão integradas e o intuito é manter o usuário conectado ao serviço da forma mais fácil e acessível possível. Não é preciso reforçar desejos, é apenas mostrar que sua marca é um agregado daquela outra e que ao usá-la, você adquire um benefício.
Carlos Vidigal é diretor da Ciclope Treinamentos e Consultoria, Professor da FGV e amante das interações digitais.